quinta-feira, 27 de setembro de 2007



Voltei. Ainda não sei se com força total, mas voltei. Inaugurando um novo momento, pra falar das coisas simples, cotidianas, mas que me obrigam a esboçar um meio sorriso no rosto.

Ainda ando de ônibus aos 25 anos... Engraçado sentir falta de algo que nunca tive. Acontece que um sábado desses qualquer eu voltava do cinema, já era bem tarde e por isso eu caminhava apressada a passos largos e olhando pros lados desconfiando de qualquer um. Do outro lado da rua vem um rapaz numa bicicleta. No subúrbio é muito comum bicicletas no trânsito. Mas também acontece do sujeito montado na bendita, lhe furtar a bolsa e seguir pedalando apressadamente.
Eu andava meio em pânico com a violência. Estava de férias da universidade e acabei assistindo alguns programas de TV, daqueles sensacionalistas, e afirmo categoricamente que quem assiste a programas como este por uma semana perde completamente a coragem de sair de casa e enfrentar as ruas selvagens.
Enfim, o cara também me viu, e veio em minha direção.


Eu apressei o passo, mas ele falou: Vai pro pagode?


A pergunta me pegou de surpresa, justo eu que passei a adolescência toda de preto, maquiagem escura, cabelos despenteados, ouvindo rock n’ roll!!! Acontece que ele estava me paquerando! Hahaha Achei a situação um tanto engraçada. Tentei agir naturalmente, não ser rude, o que é muito comum a minha pessoa, e disse: Não, to indo pra casa. Nesse momento na verdade eu já estava na calçada de casa, com a chave na mão me encaminhando pro portão...


Ele parou o veículo, e disse olhando pro quadro da bike: Quer carona?


Heim? Segurando a gargalhada eu digo: Não, obrigada. Já to em casa. E entro pensando, sem querer me gabar, mas acho que uma gordinha de 1.72m é muita areia pra bicicleta do sujeito =P