quarta-feira, 14 de novembro de 2007




Vontade de mar a semana inteira. Vontade de sal, de sol, de calor, de pouca roupa, de cerveja. Vontade da brisa, de mergulhar, vontade até de pisar no sargaço.

terça-feira, 13 de novembro de 2007




Tenho sonhos loucos. Essa noite sonhei que havia morrido. Mas era como se só minha carcaça tivesse deixado este plano. Como se eu tivesse ganho outra embalagem pra continuar nesse mundo. Muito provavelmente isso tenha um significado. Nos últimos tempos penso muito em mudar de postura. Minha dúvida maior é se essa mudança é legítima.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Eu disse a ele que é o fim. Não tenho certeza de estar convencida disso. Mas sei fingir muito bem. Quase uma atriz. Talvez eu devesse recorrer aos palcos. Talvez eu devesse parar de chorar. Talvez eu precise de um porre, ou chocolate, ou festinhas, ou correr, ou caminhar na chuva, ou dormir três dias e três noites.

[vergonha e obediência/Armindo Dias - 1000 imagens]
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numa janela:
Hellis- diz (00:38):
mas deve ser dificil pra vc sim, eu posso entender peixinho e passarinho tem que escolher um habitat diferente e não é fácil
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noutra:
Renata diz (00:37):
esse novembro parece q não vai ser mto doce.
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Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
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Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
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por Chico Buarque: EU TE AMO

sábado, 3 de novembro de 2007

mais uma vez

Era uma pressa tão grande quanto inexplicável. Como se o último dia tivesse chegado, como se o último minuto fosse o seguinte. Tantos eram os cheiros, cores, sabores e calores que ela queria sentir pela última vez. E ficava perdida ao passo que as lembranças se misturavam aos desejos que não era mais capaz de distingui-los.
Quis gritar, quis chorar, quis rodopiar, gargalhar e rezar.
Eu só podia observá-la. Tentar e fracassar corresponder os seus anseios eram pequenas facadas no meu peito. Eu queria acompanhá-la, mas não tinha certeza dela querer companhia.
Então ela me fitava por longos e eternos cinco segundos. Segurava minha mão e a beijava, e como se me tirasse pra dançar me puxava para o meio de seus devaneios e segurando minha mão girava e fazia de mim seu contrapeso.

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por Érico, alter ego maculino cada dia mais sensível.