uma misturinha boa de felicidade sem tamanho e medo do fim.
da segunda vez questionei se ele já havia sentido algo semelhante. ele não soube responder. disse não saber externar o que sentia quando me via. fingi acreditar, mas o medo sem fim ficou tão grande que meu peito pareceu apertado pra tanta angústia. mas eu sorri. fingi estar tudo bem. e até ficou tudo bem. estou convencida a viver o que estiver pra mim, mesmo que esteja sozinha. só fiquei com receio por ter contado sobre as borboletas no estômago. talvez ele não devesse saber...
na segunda-feira, no msn, aviso sobre o email que enviei. um poema de leminski mais umas sentimentalidades e uma montagem com uma imagem nossa. durante muito tempo fico sem resposta.
não aguento. pergunto se leu o email e o que achou. ele responde que está relendo sei lá quantas vezes e que acha que acabou de sentir. e descreve como uma agonia no peito e uma vontade de explodir de felicidade.
e eu? eu me sinto como se tivesse 12 anos (e ele 13 rs).
***
quando eu vi você/ tive uma idéia brilhante / foi como se eu olhasse /de dentro de um diamante /e meu olho ganhasse /mil faces num só instante
basta um instante/e você tem amor bastante
um bom poema leva/anos cinco jogando bola, /mais cinco estudando sânscrito, /seis carregando pedra, /nove namorando a vizinha, /sete levando porrada, /quatro andando sozinho, /três mudando de cidade, /dez trocando de assunto, /uma eternidade, eu e você, caminhando junto.
AMOR BASTANTE - Paulo Leminski