segunda-feira, 14 de julho de 2008

Encontrei velhos amigos hoje. Foi bom caminhar pelo centro da cidade como fazíamos há tempos. Caminhar sem pressa entre os que tem pressa é uma sensação mágica.
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Fiquei um tempo olhando a foto do porta-retrato que fica ao lado da cama, no criado mudo. Lembrei do momento da foto e de como estávamos alegres. Resolvi ligar para ele. Estou de férias, mas ele não. Provavelmente vou atrapalhá-lo no trabalho, mas é por uma boa causa. Preciso dizer que lembrei daquele dia.

Chama uma, duas, três vezes ele não atende. Quatro, cinco, seis, desisto. Deixo o telefone ao lado, e tento dormir um pouco. Férias = horários confusos. Mas não consigo dormir. A cama parece estar em chamas. Um calor que o ventilador não dá conta de atenuar.

Deito no chão. Faz bem pra coluna, dizem. A temperatura da cerâmica branca é mais agradável. Então durmo. E sonho. Sonho com ele, claro, sonho conosco. É bom. É bom tê-lo comigo.

Acordo com o telefone tocando. É ele. Diz que me ama. Que está com saudades. Pergunto se ele
demora, ele não responde. Quando encerro a chamada a porta se abre. Ele tira os sapatos e desabotoa os primeiros botões da camisa. Deita ao meu lado no chão, cheira meus cabelos e me faz cafuné com o olhar no teto. Ficamos assim um bom tempo. Curtindo o bom de ter um ao outro no silêncio.











nós - por mim

4 comentários:

Amanda Luisa disse...

hmmmm
adorei!

obrigada pela visita no meu blog!

;)

Amanda Luisa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É tão bom curtir esses momentos simples da vida... Você pode viver intensamente, mas esses momentos são os que mais dão saudade.

Valeu pela visita. Seja bem vinda ao UniB. : - )))

Anônimo disse...

Oi Ellen! Que saudade "matada" de maneira rápida com um pingo de surpresa. Os dois no silêncio. Muito bom!