Essa semana, duas ou três vezes quando nos vimos ele falou do nosso primeiro encontro. De como quando ele tinha coragem de me fitar eu estava escondida entre os cabelos e de como foi significativo o primeiro beijo, "foi como se selássemos um pacto".
Confesso que não sou boba, e uma hora eu acabei desconfiando que ele estivesse me paquerando. Ora, muito apropriado. Eu tinha acabado de entrar na faculdade, estava muito animada com a demissão do emprego e com a viagem pra BH que eu tinha marcado e planejado com a indenização.
No que diz respeito às sentimentalidades tinha me proibido de reencontrar as mesmas velhas figurinhas repetidas. Queria conhecer alguém novo, que me despertasse a curiosidade e que eu pudesse conhecer vagarosamente a cada encontro.
Foi exatamente assim que aconteceu. Ele não tinha nenhum estereotipo. Não parecia ser militante político, nem praticante de jiu jitsu, nem tão doce e carinhoso como eu acabei o descobrindo. Eu o achava muito diferente de mim, agora eu sei que somos mesmo farinha do mesmo saco.
Temos a mesma fome um do outro. Guardamos a mesma porção de respeito e de sensatez. Somos medrosos e adoramos aventuras. Queremos privacidade, queremos família, queremos amigos. Conhecemos muitos sabores juntos. E mesmo que nos vejamos ou falemos sempre, sempre fica um gosto de quero mais, uma grande porção de saudade.
2 comentários:
Coisa mais linda de ler.
É isso que quero pra mim também.
Acho que é isso que todo mundo quer, né?
Cumplicidade, amor e delícias.
E, amo o filme da Amelie.
AMO.
A foto que escolheu ilustra bem demais o post.
Beijoca, menina querida.
Pra vocês todo o amor que houver nessa vida... :D
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